Sonetos : 

A Cor do Sentido

 
Pelo ar que respiro procuro o sentido
Escravidão é desejo enquanto refém da ilusão
Do não real de qualquer sonho que bandido
Perdura o objeto no pensar da imaginação

Durante o escuro em que o viver é proibido
O despertar do olhar ao intuito da emoção
Conhecer da atração de um sonhar revestido
No colorido de um tempo figurado na canção

Pela manhã é delírio que se esvai já distante
Retorna a ficção pelo cotidiano bruto que chora
O passar da hora do intervalo eterno e constante

Entre a noite e o dia que o ressuscita adiante
Ao tempo que o rumo se distância de outrora
Pelo grito consciente que o desperta no instante


Murilo Celani Servo

 
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murilocs
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 07/10/2014 20:37  Atualizado: 07/10/2014 20:37
 Re: A Cor do Sentido
*
'Pelo ar que respiro procuro o sentido'

Forte e profundo inicio.
E a introspecção, esse embate ferrenho entre razão e emoção, vai costurando versos, formando um poema incrível.
Beijoka*

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 07/10/2014 22:59  Atualizado: 07/10/2014 22:59
 Re: A Cor do Sentido
Sentidos que vem do montes que os vento os trás junto com os verdade, figurado pelos constantes que choram as lagrimas do alvorecer despertando os gritos do amanhecer, colorindo o belo alvor.

lindo poema

Enviado por Tópico
Branca
Publicado: 08/10/2014 18:26  Atualizado: 08/10/2014 18:26
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 Re: A Cor do Sentido
Murilo, teu soneto veio tocante.
Como sempre, muito bem cadenciado.
E as palavras trazem uma ilusão cheia de cores.
Beijo
Branca