Sonetos : 

À Cabeceira d'um Condenado I

 
Trago em mim uma imagem sufocante
que me elucida quanto à Condição Humana.
"Somos pó, cinza e nada" - verdade perturbante -
que da Alma, pela Vida, em nós clama!

Há um corpo moribundo deitado numa cama
que da Vida nada quer porque está desenganado ...
É curto o tempo para a Alma!
Estou à cabeceira d'um condenado!

E que trago p'ra lhe dar?!
Meu Deus! Que destino tão cruel
p'ra quem não soube nunca amar ...

E aonde irá?! Por que chão?! ...
Seu caminho não mais será de mel
só lhe resta segurar na minha mão ...


Ricardo Louro
na Parede
na linha de Cascais


Ricardo Maria Louro

 
Autor
Ricky
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