Sonetos : 

CORPO AVARIADO

 
Nos solavancos já impostos por maldade,
Sem um descanso a este corpo avariado,
Das tantas coisas que planejei e não pude,
Mais finalmente eu me sinto mais aliviado.

Pois não me cabe julgar aqui o inoportuno,
E nem lavrar o extenso auto de sentença,
A minha mente tem a vasta proeminência,
Sendo destemido me entrego ao costume.

Se eu pudesse faria minhas novas escolhas,
Não prosseguiria desta maneira tão parcial,
Dando um sentido a tudo que me sua mal.

Sendo vitima das forças tantas do universo,
Não mais compartilho a ousar em valentia,
Vou acumulando tormentos todos os dias.


Enviado por Miguel Jacó em 04/01/2013
Reeditado em 25/12/2014
Código do texto: T4066884
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Miguel Jacó

 
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Migueljaco
 
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Enviado por Tópico
Semente
Publicado: 25/12/2014 13:17  Atualizado: 25/12/2014 13:18
Membro de honra
Usuário desde: 29/08/2009
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Mensagens: 8560
 Re: CORPO AVARIADO
Ainda bem que existe varias formas de extravasar tormentos, escrever é uma delas. Muito bom soneto que nos impele à reflexão.

Abraços!

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 26/12/2014 14:26  Atualizado: 26/12/2014 14:26
 Re: CORPO AVARIADO
Um Estupendo soneto!

Enviado por Tópico
Eureka
Publicado: 26/12/2014 15:49  Atualizado: 26/12/2014 15:49
Membro de honra
Usuário desde: 01/10/2011
Localidade: Lisboa
Mensagens: 4297
 Re: CORPO AVARIADO
olá Miguel.
um belo soneto, sem tirar nem por. rimado e ritmado
parabéns

eureka