Poemas : 

Pipoca

 
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Deburú é comida de santo.
Santo não passa fome porque come comida imaterial, sem agrotóxico, fertilizante ou qualquer transgênico infernal da monsanto.

A mão do santo estendida, para dar alimento aos filhos do carma, da carne, na matéria.

Deburú é flor de comer, improvável filha do fogo, expandida para além dos limites do corpo físico-semente, rijo, casca-grossa.

Deburú é a alma fora do corpo, fora do casulo, enfeitada de maciez luminosa e comestível.

Deburú é a cura possível das doenças impossíveis dos corpos e dos fluídos.

Deburú acalma o rei da terra por ser o silêncio nascido do estrondo.

Deburú é transformação inevitável. Aqui, ali, além... desanoitece e amanhã tudo mudou.

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Autor
thiagodebarros
 
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