Sonetos : 

O COLOSSO

 
Tags:  SONETOS 2014  
 
O COLOSSO

Gigantes, quando caem, causam estrondo;
Um ensurdecedor choque de massas.
Mas quem até então lhe rendeu graças,
Hoje se admira, vãs razões propondo...

Ídolo imenso d’um globo redondo
Onde imperou outr’era, ei-lo aí às traças!
Levaram-lhe memórias, ouros, taças...
Só deixando as relíquias que ora escondo.

Eu, pelo extenso campo, cato os restos
D’aquele que, alteroso, sobranceiro,
Reduziu-se a fragmentos tão modestos.

Não cuido mais de glórias. Verdadeiro
Monumento é a ruína que aqui jaz:
“De volta ao pó, ao sol, descansa em paz. ”

Belo Horizonte – 08 07 2014


Ubi caritas est vera
Deus ibi est.


Publico passado um ano da queda do gigante aqui em Belo Horizonte.
 
Autor
RicardoC
Autor
 
Texto
Data
Leituras
642
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.