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Escravo de Ti 1 (da solidão)

 
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Escravo de Ti 1 (da solidão)

Meu amor, teu amor,
Vivem do nada e do todo
Numa densa harmonia
Em actos de adoração,
E de prazer ofertado.

Meus lábios sequiosos
São teus mais íntimos,
Minhas mão ávidas,
Te buscam sem cessar.

Minha mente, em elos,
Enlaça meu servil corpo
E minha alma se dedica
Em ti, para ti, por ti, de ti,
Numa paixão submissa.

E o teu prazer é a serenata
Rasgada de teus segredos,
Efusiva de tons proibidos,
Do teu poder que me seduz
E me alimenta de suspiros,
Em eco, gritados, só teus...

Ondas e ondas de orgasmo
Te invadem o espírito
e te arqueiam o corpo,
Em arco, rampante,
Ruindo estrondoso, feliz,
Fluindo néctares de seiva,
Do pleno, da luxúria, de amor.

Que nos arrebata, sublimes
Tu, amante activa, exigente,
Eu, escravo de Ti, adorando
E, homem feito, rendido,
Me enleio mais e mais,
Em tuas doces cadeias.

Submisso, mas indócil
Escravo que anseia, livre,
De te amar sempre eterna.


(escravo da solidão)


Poet@ sem Alm@
João Loureiro


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Lisboa, 16/06/2015
 
Autor
Poeta.sem.Alma
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 17/06/2015 10:22  Atualizado: 17/06/2015 10:22
 Re: Escravo de Ti 1 (da solidão)
"Meu amor, teu amor,
Vivem do nada e do todo
Numa densa harmonia
Em actos de adoração,
E de prazer ofertado. "

Somos escravos dela (a solidão). E assim vivemos da eterna, ilusão.

Lindo!

Abraços,

Anggela