Tomei a dor como minha penitência,
Pela rasura sentida no pensamento!
Pensei que acabaria meu tormento,
Mas acabou-se antes a paciência.
É já dolente minha aparência,
Atiro ais através do vento!
Rezo a deuses meu sentimento,
Caio desamparado na consciência.
Tudo muda sem que haja mudança!
A alegria é algo que a longo prazo castiga
Enquanto o amor nos prende e condena
A viver em constante fé e confiança!
A tal liberdade a que tanto obriga,
Somos julgados culpados com máxima pena...