Prosas Poéticas : 

O tempo é de despertar (AjAraujo)

 
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O tempo... não precisa "dar um tempo" pra nós".

Ontem estive matutando:
"O tempo" todo lamentamos, culpamos o o maldito relógio que corre a tal velocidade, que não conseguimos sequer nos aproximarmos.

Contudo, este "senhor poderoso" habita em nós próprios, em nosso "relógio biológico", no pulsar de nosso ritmo circadiano.

Na verdade somos nós que ditamos o ritmo de nossas passadas, que nos deixamos consumir em nossas ansiedades.

Antecipamos de fato os acontecimentos que mal temos "tempo" para viver o dia presente - sim, presente em duplo sentido - e assim ficando "ausente" no "tempo" presente que se passa, nos projetamos no "tempo" futuro das angústias ou regredimos no "tempo" passado das frustrações.

E no final, o sol cansado já se põe esperando que no próximo dia, a gente veja sua nascente ou o crepúsculo, e que entre a luz de um e outro momento, possamos viver na claridade de cada dia, sem blasfemar ou ficar se lamuriando do tempo "que se perdeu", mas recordar do tempo "que se ganhou" nas ricas experiências e inusitados acontecimentos de cada dia.

O tempo é de despertar, a vida é para viver, a morte é para renascer, e este ciclo acontece a cada precioso segundo que o universo nos proporciona.

É pegar ou largar, ou deixar passar... esse "tempo" que flui como gotas de orvalho, como a brisa noturna, como as ondas que choram nas marés, como a criança que com largo sorriso expande o universo...

AjAraujo, o poeta humanista reflete sobre o tempo.

Imagem: Por de sol, tendo ao fundo o Morro Dois Irmãos, Rio de Janeiro.
 
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AjAraujo
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