Sonetos : 

D’ALVORADA

 
Tags:  SONETOS 2013  
 
D’ALVORADA

Têm sido raras n’essa latitude
Manhãs assim, de densa e alva neblina.
Mas gravo o inopinado na retina:
Uma imagem de paz e solitude.

Fiquei ali parado o quanto pude,
Envolto em cerração e chuva fina.
Sonho, que o despertar já não termina,
Com névoas esvoaçantes sobre o açude...

Contemplo a onipresente claridade
Enquanto o sol aos poucos tudo invade,
Cegando-me alto o olhar na plena alvura.

Então, experimento a ausência em tudo
E posso enmimesmar-me, a solo e mudo,
Pela neblina diáfana em luz pura.

Betim 31 05 2013


Ubi caritas est vera
Deus ibi est.


 
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RicardoC
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 06/12/2015 18:43  Atualizado: 06/12/2015 18:43
 Re: D’ALVORADA
Um lindo poema que as palavras se transforma nas mais lindas essências poéticas.

maravilhoso