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Pobres humanos perdidos nos crepúsculos

 
Qual mortal que temeroso já não se viu estremunhado,
contemplando o céu da meia noite desde os agrestes;
onde vento vence a teimosia das folhas dos ciprestes,
no torvo apagarem-se estrelas ao sopro do ente alado?

Viram incréus as chamas funestas derretendo o luar,
os mistérios da noite desenterrando sombras do mal.
Tremeram ante o Maligno eterno com o poder a vagar,
acoitando-se em refúgios ante aquela ameaça bestial.

Sequer ficção insana antes soara em tom inconteste,
viu tal tapete tão negro nas encostas dos pináculos,
subjugados pela escuridão da noite que a tudo veste.

Assoma a maldição em progressivas ondas prementes,
enquanto inda trêmulos acastelam-se nos tabernáculos,
pobres humanos perdidos nos crepúsculos procedentes.



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Autor
ArysGaiovani
 
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