Sonetos : 

OS RATOS

 

Reproduzem-se aos milhares pela agonia,
A ponto de, nem fluir em poesia
O belo do belo, que de singelo
Nada tem, nesta parca vida...

Os ratos com seus rabos próprios,
Que não olham pro seu semelhante,
Como num "P" orgasmo ao lado da amante
Terra de ninguém sem lei, que destarte...

Louco e desvairados sentimentos,
Suas tocas altaneiras como conventos,
Amortalham a pobre esperança...

Os ratos putrefatos existem na lembrança,
Que nem o mais potente veneno
Vai banir desse sistema, cruel herança!




A todo e qualquer egoísmo.

(Ledalge,2007)


"Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende." (Guimarães Rosa)

 
Autor
Ledalge
Autor
 
Texto
Data
Leituras
876
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
3 pontos
3
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
gil de olive
Publicado: 09/03/2008 18:15  Atualizado: 09/03/2008 18:15
Colaborador
Usuário desde: 03/11/2007
Localidade: Campos do Jordão SP BR
Mensagens: 4838
 Re: OS RATOS
O tema e estranho, mais sua poesia foi bem escrita!


Enviado por Tópico
Maria Verde
Publicado: 09/03/2008 22:58  Atualizado: 09/03/2008 22:58
Colaborador
Usuário desde: 20/01/2008
Localidade: SP
Mensagens: 3489
 Re: OS RATOS
Poesia de revolta muito bem escrita aqui, como sempre. Seja de sentimentos, seja dos astros, dos elementos da natureza... Ledalge sempre acrescenta um algo mais.

abraço carinhoso.

Maria