Poemas : 

Vales De Versos

 
Tal qual uma ave sem rumo
Talvez uma nuvem passageira
Vejo a vida se esvaindo, ligeira
Sorvendo vou o último sumo.

Um dia desta superfície sumo.
Hão de ficar atitudes brejeiras,
Das tardes mansas e fagueiras
Como diria o poeta, em resumo.

A Divindade move a roda do destino
Meus versos resistirão aos temporais?
Há alguma força terrena que os domem?

Vou, errante, errado, eterno peregrino
Por vales de versos salmódicos e mortais
Enquanto um'alma diz: "Vai, pobre Homem!"




Gyl Ferrys

 
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Gyl
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Enviado por Tópico
kripy
Publicado: 16/03/2017 20:20  Atualizado: 16/03/2017 20:20
Membro de honra
Usuário desde: 26/05/2010
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 Re: Vales De Versos
Olá meu grande amigo e irmão Gyl,ler teus versos é bom demais pois a qualidade é imensa um grande abraço,kripy.


Enviado por Tópico
Semente
Publicado: 16/03/2017 20:23  Atualizado: 16/03/2017 20:25
Membro de honra
Usuário desde: 29/08/2009
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Mensagens: 8560
 Re: Vales De Versos/ PARA GYL
Um soneto inexplicavelmente belo, Gyl, e eu acho que não teria capacidade para falar dele. Mas sinto e ouso dizer que você antes de escrevê-lo, contemplou as palavras, flertou com elas, como faria a uma mulher que desejasse, para conquistá-las ( as palavras) uma a uma para depois compor sua poesia.
Tudo é bom nele, o tema, as rimas, as palavras...

Parabéns com minha admiração.

Beijinhos poéticos!


Enviado por Tópico
Ro_
Publicado: 17/03/2017 00:05  Atualizado: 17/03/2017 00:05
Membro de honra
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 Re: Vales De Versos

Belíssimo, Gyl!
Saudade de ler-te!
Bjim!

*-*


Enviado por Tópico
MaryFioratti
Publicado: 17/03/2017 12:42  Atualizado: 17/03/2017 12:42
Membro de honra
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 Re: Vales De Versos
Lindo Gyl!
Seus finais sao perfeitos!
Beijao pra voce querido menino!

*Mary*


Enviado por Tópico
atizviegas68
Publicado: 17/03/2017 16:46  Atualizado: 17/03/2017 18:41
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 Re: Vales De Versos
A vida é uma luta! desesperançar é parar com a pujança de estar dentro dela.
Elevar a alma, pelos degraus da paixão, do amor, do êxtase, da sabedoria. "Tal como uma ave" como começa o teu soneto, vai "passando" por "tardes mansas e fagueiras", em "errante, errado, eterno peregrino" entre "vales e versos".
Todo o soneto tece a passagem e a marcha da vida "a roda do destino" do " pobre Homem" que "vai". Mas vai com dignidade, não apenas em mísero corpo!
A vida é uma dádiva que se recebe e no final vai serena sem pedirmos.

Gostei muito de ler.

Um abraço oceânico