Poemas : 

Sobre amores proibidos e o preço a pagar

 

Como não rememorar que na vida perdi tanto!
Reconhecendo a impossibilidade do retorno pretérito - estéril afã,
qualquer e toda impaciência será obra vã,
restando escarrada a verdade que um tempo de amar, se existiu, foi tão curto.

Vontades reprimidas advindas de platônico flerte amoroso,
não é permitido receber ardentes beijos,
urge preservar mesmo ficticiamente os direitos da esposa,
se houve pecado antes dela sepultaram-se os ensejos.

Sempre soubeste que teus prazeres eram proibidos,
à custa de intitular-me tua meretriz e favorita; da volúpia a escrava;
nessa esteira tua Alma jactando a mais pura nos sentimentos cuspiu,
a presença de ti não se revelou a mim, à outra se destinava.

Em que pesem alguns subterfúgios maquinados em cicíos nas alcovas,
foi tudo muito claro, sem palavras ditas às portas fechadas num desvão.
Não te enganes, nem queiras ver-me enganada por tua alma,
e mais uma vez reconheço quanto todos os esforços restarão em vão
alta demais esta sendo essa paga maldita para a existência do amor vedado.



 
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Phalaenopsis
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 11/05/2017 11:21  Atualizado: 11/05/2017 11:21
 Re: Sobre amores proibidos e o preço a pagar
Uma verdadier magis de poema que noe encanta. Viver um maor poribido é mais fértil