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Androide

 
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Deixaste a porta aberta,
terei a minha liberdade
para pensar por mim?
Mataste a minha alma,
prefiro pular de um
precipício, para não ficar assim.
A fome, a miséria, as crianças...
Levaram embora as miinhas
lembranças, e meus protestos
também!
Não posso mais andar,
pois o meu cérebro é um refém
desta realidade sórdida.
Tal qual a sabedoria mórbida,
sou desprovido de 'saber',
fica apenas devaneios.
Um novo robô com receios,
sem carinho ou sentidos,
desprovido de amigos.
Saí de tua teia, estou na rua...
A chuva me permeia e
queima meus circuitos.
Ademais, deixo uma bolsa...
Cheia do vazio que sou
e um mapa em branco
de onde vou.










Rafael Carneiro


 
Autor
Rafaelcarma
 
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Enviado por Tópico
Semente
Publicado: 26/09/2017 15:13  Atualizado: 26/09/2017 15:13
Membro de honra
Usuário desde: 29/08/2009
Localidade: Ribeirão Preto SP Brasil
Mensagens: 8560
 Re: Androide / Para Rafael Carma
A força da tua poesia é a maneira, a força como as palavras empregadas por ti , se impõem.
Reflito no quanto demora-se pra perceber o quanto massificados os seres humanos se encontram.

Tua alma é rica em detalhes inspiradores, Rafael, parabéns pela sensibilidade de perceber o mundo de forma tão real e lúcida.

Beijinhos


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 27/09/2017 02:46  Atualizado: 27/09/2017 02:46
 Re: Androide
Me agrada esse tipo de assunto na poesia, parabéns!


Enviado por Tópico
Migueljaco
Publicado: 27/09/2017 03:24  Atualizado: 27/09/2017 03:24
Colaborador
Usuário desde: 23/06/2011
Localidade: Taubaté SP
Mensagens: 10200
 Re: Androide
Boa noite Rafael, o teu personagem sente-se esvaziado pelo abandono de quem julgava ser seu par por todo o sempre, parabéns pelo vosso incisivo poema, um abraço, MJ.