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O último poema (Manuel Bandeira)

 
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Assim eu quereria meu último poema
Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume
A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos
A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.

Manuel Bandeira (1886-1968), uma homenagem aos 49 anos da partida para Pasárgada de nosso querido poeta (13/10/1968)

Poema extraído do livro: "Manuel Bandeira — 50 poemas escolhidos pelo autor", Ed. Cosac Naify – São Paulo, 2006, pág. 35.
 
Autor
AjAraujo
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