Poemas : 

Palavras ... batendo na janela do coração

 
 


devolver os braços
aos ombros

o choro
aos olhos

a vontade
aos dedos

e te abraçar

nunca será um recomeço...

talvez seja o coração
desatado do avesso
tentando encontrar o ritmo do peito [do teu …do meu]
para soarmos mais íntimo
tocarmos mais perto
o nosso
desassossego
de amar


Este, seria uma espécie de poema para ti, se as tuas palavras tivessem como destino a rua esquerda do meu peito…

Julgo que não …

Acredito que elas ( as tuas) tem como destino, um outro coração …

Mesmo assim, não resisti em sonhá-las, quando as vi passar ao lado da minha janela …como aves, fugindo do silencioso inverno …


 
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Pizza
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Enviado por Tópico
rodas
Publicado: 19/11/2017 01:40  Atualizado: 19/11/2017 01:40
Da casa!
Usuário desde: 16/01/2017
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 Re: Palavras ... batendo na janela do coração
Palavras cuidadoras nascidas de um coração nobre conseguem fazer milagres acontecerem.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 19/11/2017 11:08  Atualizado: 19/11/2017 11:08
 Re: Palavras ... batendo na janela do coração
Nosso corações são os receptores dos sentimentos que se difamam naquele lindo e belo amor

Enviado por Tópico
Jmattos
Publicado: 19/11/2017 17:51  Atualizado: 19/11/2017 17:51
Usuário desde: 03/09/2012
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Mensagens: 18165
 Re: Palavras ... batendo na janela do coração
Pizza
Talvez seja na janela do seu coração...
Adorei a leitura!
Beijos!
Janna

Enviado por Tópico
Rogério Beça
Publicado: 20/11/2017 15:58  Atualizado: 20/11/2017 16:03
Usuário desde: 06/11/2007
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 Re: Palavras ... batendo na janela do coração
"... e te abraçar
nunca será um recomeço..."

Gosto destes versos.
Dizem-me que a rotina nunca se instala. O cansaço não chega.
Traz-me também a ideia da paixão dos primeiros encontros. Dos primeiros abraços. Dos primeiros irrepetíveis...
As devoluções de elementos chave da anatomia...
"...O choro
aos olhos..."
Como partes inseparáveis, ligadas às emoções. Choramos de tristeza, de alegria, de...
Além de poeticamente ser belo.

A forma curta das primeiras estrofes caiu-me bem.
Sobretudo, se comparar-mos com a última, mais longa e metricamente maior.
Toda ela é esse "desassossego de amar", em que saliento também, pela boa conjugação de sonaridade o "...soarmos mais íntimo/tocarmos mais perto..." numa criação dum pleonasmo que me parece necessário.

Num registo de prosa amarga, surge o desvendar dum amor secreto, ou não correspondido, que acrescenta trabalho ao texto, sem escangalhá-lo.
Apenas deixando no leitor um amargo de boca... incomum.

Obrigado.