Poemas : 

Ontem

 


Até no horizonte chegaram flores
sem canteiros.
Não quis fazer podas. Se passaros, as flores, alcançassem, pássaros seriam
livres no meu olhar.
Ontem te amei sem deserto, sem sede de orvalho. Quando o céu estava coberto, era de estrelas, era de sol,
era de brisa e era de ti, fazendo sombra em mim.

 
Autor
GinaCortes
 
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Enviado por Tópico
Gyl
Publicado: 27/03/2018 01:08  Atualizado: 27/03/2018 01:08
Usuário desde: 07/08/2009
Localidade: Brasil
Mensagens: 16075
 Re: Ontem
Texto de um lirismo bonito e encantador. Apreciei cada palavra. Obrigado!


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 27/03/2018 10:20  Atualizado: 27/03/2018 10:20
 Re: Ontem
São os encantos que se traduzem pelo astos dos belos sentimentos de um belo amor.

poema belíssimo


Enviado por Tópico
Jmattos
Publicado: 28/03/2018 20:04  Atualizado: 28/03/2018 20:04
Usuário desde: 03/09/2012
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Mensagens: 18165
 Re: Ontem
Gina
Encantada! Lirismo derramado! Levei!
Beijos!
Janna


Enviado por Tópico
Volena
Publicado: 02/04/2018 11:17  Atualizado: 02/04/2018 11:17
Colaborador
Usuário desde: 10/10/2012
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Mensagens: 12485
 Re: Ontem P/GinaCortes
...poema lírico de quem sabe olhar o Céu! Gostei muito, beijinho Vólena

Enviado por Tópico
Rogério Beça
Publicado: 04/04/2018 18:11  Atualizado: 05/04/2018 10:07
Usuário desde: 06/11/2007
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Mensagens: 1940
 Re: Ontem
Parei neste teu poema depois de ter lido a resposta que me deste ao comentário que fiz no teu "caro irmão".
Amor difere de amar.
Um solta, outro prende.

Contradizes-te (ou não) deliciosamente com este teu amar libertando.

Na metáfora das flores que, na realidade é uma comparação confusa com os pássaros, avanças com um "...sem canteiros...".
Como se não bastassem essas estranhas aparecerem no horizonte!
Como? Indo ter com elas? As flores foram atiradas pelos ares (como num casamento) por alguém?
Sem canteiros porque a imagem que estes passam ao leitor é de limite físico. Limite.
Nem podas te apetece, porque cortarias, feririas esses flores-pássaros, castrando.

O "ontem" deixa-me levemente incomodado porque não é hoje, nem amanhã.
Como se tivesse acabado, ou se, a existir este amar liberto, já não é ou será assim tanto (assim o interpreto).

O último parágrafo apesar do "...ontem..." é uma catadupa de imagens coerentes.
Não será o sol uma simples estrela que apenas nos é mais próxima?
Não estarão a estrelas lá no firmamento sumidas mas, invariavelmente, presentes?

Comparares o objecto amado com o vento é uma maldade muito bem conseguida. Ao fim e ao cabo qualquer sombra refresca e protege...

bem-vinda aos meus favoritos.

bj


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 05/04/2018 01:35  Atualizado: 05/04/2018 01:35
 Re: Ontem
Belíssimo poema, Gina, parabéns!!! Adorei!!!


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 21/04/2018 07:51  Atualizado: 21/04/2018 07:51
 Re: Ontem p/ GinaCortes
.
Muita subtileza na criação de uma falsa luminosidade no poema -- contrariada pelos pretéritos, pelas condicionais, pelo léxico (podas, desertos e sombras...) --, que adensa um ambiente de desilusão, revelado como se fosse um segredo.