Poemas -> Tristeza : 

Esfinge

 

Ah!... A distância nos
Olhos daquela moça...
Rouca, brada por tudo.
Louco, não brado por ela.

A serra se ergue
E o sol se ergue atrás dela.
Na aquarela da vida,
Não vi que ela era bela.

Consigo ouvi-la chorar,
Lamentar o que não veio. é
Meu receio me fez tolo,
Bobo e amargurado.

Minha vida, então, segue.
Vou para a sede do fim,
Onde tudo é cinza e
Os quadros riem de mim.

Fiz tudo ao contrário,
Sou o culpado de tudo.
Deveria ser um adulto,
Mas sou um otario.

Me importei com nada,
Dei valor à flor bandoleira.
Entretanto, a árvore, guerreira,
Nunca nem esteve cansada.

Não pude ser o melhor de mim,
Me perdoe por isto.
Assim que amanhecer
Tentarei envelhecer.

Envelhecer e apagar
Tudo o que fiz antes.
Entre os pedantes,
Sou o que te magoou.

E o poema chega ao fim
Como nós chegamos:
Malfeito, maltratado e incompleto.




Open in new window


Rafael Carneiro


Espero que apreciem!!!!
Gostaria de poder tocar no coração das pessoas usando apenas palavras...
 
Autor
Rafaelcarma
 
Texto
Data
Leituras
607
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
2 pontos
2
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.