Poemas : 

O SALTO

 
O SALTO:
E o cisco se fez em vida
nadando no mar infinito.
Se multiplica.
Se modifica.
Se diversifica.
Já não é mais cisco entre ciscos.
Soma-se em ciscos para ser outra coisa.
De coisa em coisa é um peixe.
Vários peixes...
A água já não o detém.
À terra avança sem patas...
E então, com patas...
Se multiplica.
Se modifica.
Se diversifica...
Já não é mais peixe entre peixes
Se transforma em vários formas.
Vários seres...
A terra já não o detém.
Ao ar avança ainda em patas.
E então, em asas...
Se multiplica.
Se modifica.
Se diversifica...
Já não é terrestre entre terrestres.
Se transforma em varias formas aladas
Vários seres alados...
O cisco que era um
agora está no ar, na terra, na água.
Então, um salto.
Um ser se levanta em duas patas.
E de curvada e exótica criatura
se aventura na transformação de si mesma
e da natureza.
Então,
Se multiplica.
Se modifica.
Se diversifica.
Já não vive ao sabor do vento.
Já não espera que venha os frutos da terra.
Nem mesmo os que podem vir das águas e ar.
Se espalha...
Começa a caçar.
Começa a plantar.
Amansa o mundo...
Seu quintal.
Já não há limites.
E com o tempo,
perde os limites.
Já não é só da terra.
É agora também do ar e do mar.
Se multiplica.
Se multiplica.
Se multiplica.
Então, um dilema.
Avançar sem pensar
Ou se repensar...
A diferença entre a volta ao cisco
Ou o caminho para saltar...
O tempo dirá.
(Proteus).

 
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PROTEUS
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