Tomo-te de assalto sobre todas as coisas remoçadas
quadriga de fogo, afago de minha vida
nada indago
nada disputo
Unjo-te pés esgotados da jornada na saliva de minha boca
peregrino-te a alma na alma nua da palavra
- a tua, a minha...
Sorvo de ti o sangue que se esgota em cada ferida
de cada crosta, de cada pústula aberta, uma a uma…
Exaurida tombo a cabeça no teu ombro
cubro-te o peito no envolcruo de meu cabelos
elevo-me e olho-te em espanto num olhar maior
num olhar profundo
e, genésicos, orgânicos, em osmose de pele
descobrimo-nos apóstolos desde a origem do mundo.
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