Poemas : 

Cinza e outras cores inacabadas

 
No dorso da tarde aspiro no vento um cheiro de rosas
Imagino o virtuosismo de delícias que seriamos tu e eu
Então eu te imagino, agasalhada dentro de meus olhos
Nossas bocas reunidas em uma, em um momento único
O tempo acelerado me faz perder o pudor, nos ver nus
Pois ninguém sabe do amanhã e nem há idades de ouro
Então te achega meu amor não há tempo para a espera
Pois abraça-me, ignora a física dos corpos e do espaço
Faze-nos um em toda a beleza da sintonia nos corações
Do amor nascido no lampejo dos teus olhos a beira mar
O tempo que ficamos distantes é d’um cinza infindável
Nossos dias juntos passam mui velozes à revelia de mim
Ah sim, o tempo passa veloz e trai nossas expectativas
Mas é tarde para recolher as sobras do que fui e mudar
Porém se aqui estou é para ti. Esta voz em trevas é tua
Nosso querer é nossa vitória, a hora de ser feliz é agora


"Somos apenas duas almas perdidas/Nadando n'um aquário ano após ano/Correndo sobre o mesmo velho chão/E o que nós encontramos? Só os mesmos velhos medos" (Gilmour/Waters)


 
Autor
Sergius Dizioli
 
Texto
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