Poemas : 

Cântico em três Atos (Canto terceiro)

 
Canto terceiro: da renovação

A lua e sua luz nevada realçando as virginais madressilvas
São testemunhos dos dias passados na glória de ter vivido
Meu coração sucumbe ao feitiço encantado das estrelas
E vê teimosos cometas a cruzar o céu que um dia foi teu

Nos jardins da vida sangramos no estio, raiamos na aurora
Enquanto pássaros abrimos as asas para ganhar todo azul
Sempre fazendo que o coração guie nos zéfiros outubrais
Apreciando lá de cima as humildes ameixeiras amareladas

O campo ondulante de lavandas espalha seu perfume lilás
Os ondulantes e alvos algodões flutuam levados pela brisa
O horizonte os aguarda e é onde liberto, enfim, vou estar
Olhai-me, afinal, já não caminho mais às cegas na campina



"Somos apenas duas almas perdidas/Nadando n'um aquário ano após ano/Correndo sobre o mesmo velho chão/E o que nós encontramos? Só os mesmos velhos medos" (Gilmour/Waters)


 
Autor
Sergius Dizioli
 
Texto
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