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barco à vela

 
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a existência é agora um vale solarengo
abrigado do vento, onde o verde
ainda verdeja,
no tempo que resta, sinto
que a vida ainda me beija.
sei-me espiada pela morte
sorrio, e deixo-me à sorte
sou agora uma expectadora
se o meu barco já não sai!?
que importa? sou ainda sonhadora...
já se pôs em mim o sol
mas ainda é doce o escuro
nem riqueza, nem pobreza
nem ambição desmedida procuro,
assim caminho na vida.

levo este poema a meio
sinto-me como um artífice maior
digo-o sem qualquer receio
poesia é meu bem melhor
sinto o mundo à minha volta
sou tentada a acreditar
que um dia... a felicidade se solta
e fico a discorrer, que a paz há-de vingar.

meu pensamento é como um cata vento,
em abono da verdade vou colhendo frutos
da memória, outros da imaginação
sem dar descanso ao coração...
ora triste ora dourado meu olhar
cansado, ainda verdeja
volta e meia uma lágrima o beija.
a vida é a mesma de sempre
só o mundo mudou, mas
meus sonhos são de outra era
à vida chegou o outono
mas ao poema, a primavera.

n.nuno


Na plenitude da felicidade, cada dia é uma vida inteira.
Johann Wolfgang Von Goethe



 
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rosafogo
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Enviado por Tópico
Alpha
Publicado: 12/05/2023 12:48  Atualizado: 12/05/2023 12:48
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Usuário desde: 14/04/2015
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 Re: barco à vela
A poesia mora em teu peito
Tem caminho sempre aberto
Tua cadência conhece o jeito
De fazer deles um céu aberto!

O que importa é que a primavera continue a tomar conta do teu porto de abrigo. Que ela brilhe em todos os dias da tua existência! Esperança, versos primavera, é uma boa dupla de vida!