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A saudade, companheira dos amantes

 
Na tarde de um verão, um olhar se encontrou,
E o coração, em chamas, logo se apaixonou.
Nasceu um amor intenso, sem qualquer aviso,
Que agora se torna saudade, um amargo sorriso.

A vida segue seu curso, implacável e veloz,
E o tempo, impiedoso, não espera por nós.
O amor que se formou naquela tarde dourada,
Deixou marcas profundas na alma enamorada.

Os dias voaram, como pássaros no céu,
Enquanto o nosso amor se entrelaçou, fiel.
Mas o relógio avança, sem jamais retroceder,
E agora resta apenas a saudade a florescer.

A vida nos separa, por caminhos distintos,
E o eco das lembranças preenche os vazios infinitos.
Guardo com carinho cada instante vivido,
E sinto falta do amor que foi compartilhado e sentido.

A saudade, doce companheira dos amantes,
Transforma momentos passados em eternos instantes.
Ainda sinto a brisa quente daquela tarde,
Quando nossos olhares cruzaram sem alarde.

A vida passa célere, sem dar trégua à paixão,
Mas o amor que nasceu jamais será em vão.
E assim, na saudade, o amor encontra morada,
Revestindo de ternura a vida que foi amada.

Que a memória guarde os melhores momentos,
E que a saudade nos traga suspiros e lamentos.
Pois, mesmo que o tempo não nos dê sorte,
O amor que nasceu será eterno, sempre forte.

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

www.odairpoetacacerense.blogspot.com

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Autor
Odairjsilva
 
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Enviado por Tópico
Upanhaca
Publicado: 27/06/2023 17:31  Atualizado: 27/06/2023 17:31
Usuário desde: 21/01/2015
Localidade: Lisboa/loures
Mensagens: 8307
 Re: A saudade, companheira dos amantes
Que maravilhoso poema!
Gostei do que li, aqui.
Obrigado pela partilha.

Abraço,
Upanhaca