AMIGADA

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...reconheci de pronto os caminhos que o amigo poeta traçou... esse 'vou à rua' é contumaz de se dizer lá pelas bandas de Minas e cidades limítrofes do estado do Rio Janeiro. Sou carioca da gema, único duma família grande todos papa-goiaba, apelido carinhoso dado aos interioranos fluminenses. Quando moleque vivi por algum tempo em Valença, eu e meus primos, muitos, rodeavamos à cavalo ou charrete lá pelos lados de Rio Preto, Rio das Flores, Pentagna, Taboas, Conservatória, todos no Vale do Café... Naquela época e nalguns casos hoje ainda, procurar alguma casa logo ali no final da rua podia ser uma odisséia. As vezes o GPS não reconhece. rs
O seu soneto trouxe o imagético que muitos citadinos desconhecem...
Meu abraço caRIOca!

Muito bom, Alemtagus, haveres percebido a cena de enleio n'essa cerimônia íntima que dá lugar a um matrimônio espalhafatoso, como os que se vê por aí.

Penso que celebrar o amor não seja um evento público, embora socialmente se possa entender a mancebia como uma forma menor de relacionamento. Aqui no Brasil costumam dizer: "Amigado com fé, casado é!"... Mais do que garantias legais e patrimoniais, estar com alguém teria a ver com sentimento.

Embora já tenha vivido o bastante para entender a complexidade das relações humanas, amor só faz sentido amando. Casamento — tanto o evento celebrativo quanto o estado civil de relacionamento estável — diz respeito a coisas para além da vida privada.

Portanto, na fantasia de meu coração cansado, escrevi esse rondel lembrando um tempo ido em que amar era, simplesmente, deitar junto.

É isso.

Abraços, RicardoC.