Meus olhos enganam os pés
É visto um chão firme
Na menor desconfiança ele desmorona
E por dentro só eu sei quando ele balança
E as águas são profundas
E ele boia e por baixo abismo
E ao olhar o teto de estrelas
Imagina a continuação do dia
Partes feito de sol iluminado a vela
Dias luminosos acesos na parte de trás
Em que tem início e viaja pelos olhos
E busco e sou buscada por braços
Em certos dias despenca, paralisado contorcendo
Algo impede os olhos de fechar, descansar
E acorda na realidade, cheio lutas
Dilúvio, chuááá chuááá
Ventos fortes e sonhos ilusórios
Açoita o corpo trazendo velhas verdades
Nada tem controle na busca de orientação
Só os compromissos parecem ser âncoras
O que pode ser tocado com as mãos
Nem sempre abre as portas do corpo
Não tem permissão de acariciar
Nem sinto vontade de amar
Maria Gabriela
A alma é tingida com a cor de seus pensamentos. (Marco Aurélio, meditação)