Prosas Poéticas : 

à deriva, às vezes

 


Em algum momento a bolha estoura e já não existe a redoma macia e colorida para as mãos massagear ou ali desenhar o que a ilusão permitia.
A realidade é uma loba na caça de alimentos para suas crias, com os caninos de fora no aguardo da presa estatelando-se gorda, suculenta e macia, no seu habitat.
O que fazer quando os rabiscos ilusórios se desmancham no ar e o chão duro e áspero é a melhor recepção; aquele que dá a escolha para se andar ou correr, ficar ou fugir?
Às vezes deixo-me ser nada além que um caule seco caindo em queda d' água; para não saber onde irei chegar ou que me engolirá.






 
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LuAres
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