a espessa rotina
é a lenta resina
a lhe escorre nos braços
esboçando acenos grotescos
ao raiar dos dias,
e às asas que se esfumam
e se fundem longe frias
na primeira neblina,
pontuando de arabescos
que entrecruzam o ontem
à noite e o hoje também
sempre o mesmo continuar
almejando o fim
sempre os braços assim
sonhando por aquele vôo.
exausto despiu a farda e o fardo caiu também. por fim … anuiu, o sonho que sonhara gesto de vento revigorante, no mesmo ato decaiu.
pelas rasgadas e cansadas janelas, inquietas de frio, com trespassante assombro estúpido perscrutou o silêncio deslizante no horizonte intacto, pleno de um devir que nunca existiu.