Luso-Poemas
 
Poemas : 

Fragmentos de silêncio

 


São agora ramos segmentados
galhos secos atravessados de penumbra.

Olho-os e vejo pretéritos
ainda formas esguias
sob(re) os verdes
[ que permanecem ]
cobertos de metáforas.

Penso no que peço
despeço-me do que pediria.

Assomam pétalas por
entre arremessos de inverno
são quase nenhumas
as aves que me aquecem.

A geada queima o verso
desintegra o corpo do poema.

Talvez já não saiba
o lugar das palavras

e todas as coisas sejam murmúrios
a empurrarem as mãos
para o olhar fragmentado do silêncio.



 
Autor
idália
Autor
Textos deste autorMais textos
Rss do autorRss do autor
EstatísticasEstatísticas
 
Texto
Data
Leituras
316
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
Enviar este texto a um amigoEnviar
Imprimir este textoImprimir
Salvar este texto como PDFCriar um pdf
12 pontos
2
5
0
Recentes
Pedi o sol ao outono
Excesso
Entre a água e o verso
Vestígios
Depois de ti, o silêncio
Aleatórios
A filigrana dos sonhos
A liquidez da noite
Dialeto da chuva
O som da luz em manhã de inverno
Cântico das ruínas
Favoritos
Estrelas Falsas
lembranças, madeira que não quer arder
Desenganos
Ao perto
Criação
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Paulo-Galvão
Publicado: 04/02/2025 19:35  Atualizado: 04/02/2025 19:35
Usuário desde: 12/12/2011
Localidade: Lagos
Mensagens: 1666
 Re: Fragmentos de silêncio
Olá Idália,

um belo poema onde um forte sentimento de resignação domina. mesmo quando as folhas já são poucas e os ramos já pendem, a raíz ainda vive, talvez posia.

Abraço

Paulo

Links patrocinados

Páginas em

Páginas sobre