Luso-Poemas
 
Poemas : 

Nunca da pé

 
O que me prende a você passa pela escuridão de suas esferas, ainda que pequenas, me cobrem feito onda que quebra na costa.
Um barulho estrondoso entre nós mas nada se ouve. Luzes que saem dos seus círculos, embalam minha curiosidade e permanência, a obediência na fixação.
Vejo rodas e cânticos antigos e sua voz. Expressão deusa que me põe na roda.
Uma dança ancestral de humanidade e paz.
Na sua fúria o meu olhar atento, a atenção que não fala mas coordena. Desassossego que passa, entre nós, ternura.
Seus encantos conheço, mas ainda me surpreende a profundidade, nunca dá pé.
Sinto a prudência gritar enquanto boio sem nenhuma habilidade de nado.
Permaneço à braçadas buscando seu lado excessivo, desmedido e imensurável, a parte impossível de controlar, a sombra imensa que só o tempo revela.


 
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Madam'pen
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Enviado por Tópico
iLA
Publicado: 27/05/2025 23:12  Atualizado: 27/05/2025 23:12
Colaborador
Usuário desde: 25/11/2024
Localidade: Terra
Mensagens: 1100
 Re: Nunca da pé
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Agradeço pela leitura, cá senti um sopro de vida pulsante e no entanto de uma suavidade de veludo e sedas.


Enviado por Tópico
MÁRIO52
Publicado: 27/05/2025 23:27  Atualizado: 27/05/2025 23:27
Colaborador
Usuário desde: 24/02/2025
Localidade: PORTO-PORTUGAL
Mensagens: 911
 Re: Nunca da pé
Uma força suave e quente envolve este poema.
A força do querer é imensa.
Mais forte ou igual às fortes marés, onde o amor ternamente, na praia da serenidade...

Gostei do que li.

Abraço.

Mário Margaride

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