Sinto sono, estou cansado
De verdades estou sendo metralhado
Outra vez, a mesma ladainha
Roubaram todo mundo, até as senhorinhas
As mesmas caras, as mesmas figurinhas
Quem poderia imaginar
Que os ladrões iriam, novamente, roubar
E quem trabalha, em ritmo de funk, vai quicar, quicar, quicar...
Não aguento mais,
São as mesmas mentiras
Não quero escrever mais,
As mesmissímas coisinhas
Troco palavras, mudo versos
Enquanto os mesmos ratos continuam livres e libertos
Será que um dia mudará esse lugar
Ou será que desde 1500 isso está no DNA
A feiura da realidade
Segue matando a beleza da poesia
Deve ser maldição
Ver tanta beleza sufocar num alçapão
É um faroeste de corrupção,
As balas seguem atingindo meu coração
O poeta, envenenado pela realidade, vira um crítico
E a crítica destroi o encanto pela beleza
Buscando pelos pastos verdejantes,
Achei petróleo
Buscando pela honestidade de político
Achei um circo...e o palhaço sou eu, mas o palhaço sou eu
Prenda-me, oh juiz injusto
Em uma eterna esperança de ver merda virar adubo