O INAVIDO
Jamais! Nunca houve e, não, nunca foi visto.
Como pode ser contra a realidade
Tudo quanto da mente nos evade
Para além do saber d’aquilo ou d’isto?
Não importa se penso ou mesmo existo;
Se nem o Omnividente à claridade
Houve por bem mostrar, onde a verdade
Senão nos vãos dos sonhos eu conquisto?
A morte como modo necessário
De se dar à consciência o temerário
Conhecimento do que é e o que foi antes.
Findo o mistério; tudo revelado,
O mundo surgirá desencantado
Às íris dos meus olhos delirantes.
Betim - 20 10 2010
Ubi caritas est vera
Deus ibi est.