Fecho os meus olhos,
E olho para lá da escuridão,
Vejo claramente tudo,
O que os outros não veem.
São nuvens negras por todo o lado,
Sem explicação aparente.
São florestas sem fim,
São árvores nuas,
Em paisagens obscuras.
São luzes que me ofuscam no presente,
E do passado,
Já perdi na memória,
A miríade de sonhos,
Que já não encontro,
Nem o mais mínimo rasto.
Tanta coisa na palma da minha mão,
Olho para ela,
E está sempre vazia.
Cheia de nada…
Tudo será dentro de um sonho solto,
Na brisa que eu provoco com o meu respirar.
São casas sem pés que fogem de mim,
São sopros da minha nostalgia,
São placas umas a trás das outras,
Indicando caminhos que não quero.
Caminhos que nunca quis!
Sinto-me tão leve,
Como uma pena que vai contra o vento,
São melodias que não sei cantar.
Sempre que me deito,
É contigo que eu sonho,
É contigo,
Que eu passeio de braço dado,
Ao longo desta imensa margem do Universo,
Que eu invento,
Todos os dias…
Só para ti,
Meu amor.
Diogo Cosmo∞
Parede - Pequeno Éden.
28-05-2025
DIOGO Cosmo ♾