Poemas : 

~22~

 
arde a nuvem defronte das plumas nocturnas. e nada mais cabe nos ponteiros que norteiam os calcanhares da lua. anda tudo às metades esquivando a morte – labareda sólida incendiando o céu. arde neste fogo ácido e incolor como formiga afiando a dentadura na agulha térmica dos metais.
com o fósforo das mãos, é mais fácil abrasar rios para atenuar a fúria do húmus que desafia a nuvem nocturna.

 
Autor
Absalao
Autor
 
Texto
Data
Leituras
47
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
3 pontos
1
1
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
A.Maria
Publicado: 05/06/2025 10:38  Atualizado: 05/06/2025 10:51
Da casa!
Usuário desde: 24/02/2025
Localidade:
Mensagens: 278
 Re: ~22~
.

Encantada!
O seu poema transfere um pouco da sua cultura, aquela que alguém me fez imaginar, esse calor que imagino sair da terra, essa riqueza invisível e que também é ácida.
No Brasil também temos diferenças regionais e eu gosto das estradas, do clima, da linguagem e da comida.

Abraços,