Varreu o último graveto e a folha solitária do chão coberto de sombras. Pegou os utensílios de faxina e guardou no depósito desnutrido de confusão. Trancou. Olhou em volta e para o alto. Tudo estava perfeitamente alinhado; as nuvens caminhando religiosamente em suas procissões - obstáculos macios para o sol enfrentar - voltou os olhos para o chão; o quintal varrido sem vislumbres de cicatrizes, guardado dentro da cerca imaculadamente branca - a guardiã do pomar abastecido de suculentos frutos coloridos.
Com os olhos satisfeitos pelo que viam, aprumou os ombros, ergueu o queixo e caminhou suave até o portão e, antes de abri-lo, dedos irrequietos resvalaram em algumas dobras das vestes - sempre haveria o confronto da indecisão por isso ainda olhou para trás sem esquecer de agarrar o relógio no pulso e quebrar os ponteiros. Finalmente partiu.
Aquela mania de escrever qualquer coisa que escorrega do pensamento.

Baseado em trabalhos de campo.