Poemas : 

Arquitetura líquida

 


Nada repousa.

As formas dissolvem-se no tempo

escorrem



[ escorrem ]



pelas frestas da incerteza.



O chão flutua.

Flutua



[ flutua ]



perde-se



ilhas de matéria desfeita

arquitetura líquida

fluida

fundida

onde os mapas se desenham

e apagam.



Corpos são sombras em suspensão.

Reflexo incerto.

Sombras




[ sombras ]




vacilantes.




E o verbo

outrora raiz

ondula

breve

dilui-se

desfaz-se.



No silêncio

onde tudo se transforma

somos ecos

ecos à deriva

vestígios de um lar sem margens.







 
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idália
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