Teces.
Teces a teia do véu.
Com que me ateias as veias.
O corpo que vai tecido
com nós castos.
E jorros de cascata.
À superfície, a fulgura das gotas.
Iluminadas
com as sílabas do sol.
Em falésia.
Ateamos os veios
com o destino dos olhos.
Na altura em que me urdes.
Escala a ternura da rocha.
Numa moldura roliça.
Atamos a trama.
À dimensão da queda.
Debruçamo-nos em fundura.
Em mútua chamada.
Da ferida em treliça.
Zita Viegas