Que d'essa candura se desenhe tamanha beleza
Uma tal que m'ofusque louca e branda cegueira
Louca e branda ignorância por tanto saber dizer
E sabendo o que pouco aqui sei por boa certeza
Te dou na mão flecha que me atravessa certeira
E num bradado eco fome de te aprender a viver
Nos espinhos do caminho vejo lindos teus olhos
Esses tais que matam com desejo meus sonhos
Com desejo igual que trazes na solidão ao peito
E no crer de criança que colhe amor aos molhos
Escrevia na velha alma dos passados tristonhos
Que a solidão no sonho dos olhos não leva jeito
Os dias que por cá passam são qual água do rio
Uns mais que outros sempre iguais e tão lentos
Sempre iguais ao mar que se cobriu de estrelas
E tanto fogo que por bem ou mal me é solitário
Esquecia a cor da manhã em breves momentos
E do brilho dela o seu sabor de mulheres belas
A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma