A folha de mercúrio de uma flor de cravo.
Generosa emoção de arquipélago da primavera.
Chega através de um silêncio da pequena lua.
No meio vêm as palavras para esticar o coração.
Numa dor inteligente, moendo o tronco
da sílaba, em rima e em sintaxe dedilhada.
Escutando as flores pelas pisadas. Inflama
os aprendizes e os deuses do poema.
Leva na capa a coroa amendoada.
Namora as figuras no papel ao beber o sol.
Numa poesia em cântico. É cântaro que vai ao mar.
Adorna a manhã com o poema. Tem Lucas como nome.
Zita Viegas