Asas em Azul
No céu lavado em tinta e bruma,
voam sombras de azul e espuma,
pássaros feitos de sonho e mar,
num voo que nunca quer se acabar.
São letras soltas, caligrafia,
de uma antiga melodia,
que o vento escreve sem direção,
na folha etérea da imensidão.
Trazem segredos, talvez lembrança,
de uma infância ou esperança,
e cada asa que se desfaz
é um verso azul que o tempo traz.
Ó revoada encantada e leve,
onde o silêncio pousa e escreve,
voai por mim, por meu anseio,
no céu de um papel em devaneio.
Por Chris Fonte
Sou Mundos!
Chris