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Poemas : 

Quando os corpos calam as estações

 


É assim o mapa da ausência.

Desenha caminhos
com dedos trémulos
mas esquece
os nomes das cidades.

É assim o corpo sem norte.

Carrega o peso das estações
sem saber onde começa o inverno.

É assim o corpo sem casa.

Veste paredes
como quem procura abrigo
mas encontra somente o frio de móveis esquecidos.

As mãos procuram o que já foi dito
mas apenas encontram o eco dos gestos.

É assim o tempo do corpo.

Marca os dias com rugas suaves
e os sonhos com calendários rasgados.

É assim o corpo do tempo.

Na penumbra das horas quebradas
cultiva silêncios
como flores secas
e espera que a memória os regue.




 
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idália
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