Apaixonado, de alma e coração,
verdadeiro, ante quantos o merecem,
quantas das vezes não percebendo
o descaso e a falta de argumentação,
dos que sorrindo, de minha coerência,
lá resolvessem lavar as mãos, no
supremo abandono
sem que lhes pesasse a consciência;
assim vou na vida e me manifesto,
dizendo ao que venho, qual o meu anelo,
sem segredos pueris nem falsas questões
e franca me digas, se presto ou não presto?
Nada fiz sozinho, e o nosso lugar
foi com o barro das minhas mãos que o erigi;
para que nele repararasses
e o quisesses comigo caminhar.
Sorrisos demorados, toques e inocência
e conversas descontraídas,
eram parte de nossos dias, a espaços:
e ainda tínhamos tempo p´ra brincar sem maledicência.
Explica-me pois, porque te foste embora,
por que sem mais demora te afastaste, de quem
sempre e só te quis bem - acaso temeste
o sermos felizes e termos a nossa hora?
Jorge Humberto
12/09/25