Poemas : 

água (in)vertida

 

cavei-me até o avesso,
onde as veias são rios
que não sabem correr.
o chão abriu a boca,
e eu mergulhei no deserto.

as pedras tinham sede de mim,
lambiam meus pensamentos arenosos.
o sol girava como um relógio cego,
marcando o tempo da agonia.

quando a morte estendeu sua taça,
bebi e dentro do gole
encontrei um mar
de resposta

a água era eu,
e a sede,
a praia que me
procurava


Inconstante...

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MarySSantos
 
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