Sorrias...
e eu acreditava
e na tua voz
havia mel e promessa
mas sob o brilho que me enfeitiçava
morava a sombra
fria e distante
Falavas em “sempre” dizias “destino”
e teus olhos
espelhos de calma e paixão
mas cada gesto era um desatino
um teatro montado no meu coração
Beijei-te, cego
em pura devoção
sem ver que o toque
era pura encenação
Teu amor...
uma miragem em pleno deserto
belo de longe
vazio de perto
Agora restam cinzas e disfarces
o eco oco de um “nós” inventado
um amor de vidro
partido em mil partes
reluzindo ainda...
mas já despedaçado.
Mário Margaride
Adoro a poesia. E tal como um pássaro, voo nas asas das palavras, no patamar do meu sentir, e das minhas emoções.