Quando eu morrer e meu corpo em cinzas se tornar,
ao ouvir tua voz, minha alma ainda há de suspirar.
Nem o tempo, nem o vento, nem o esquecimento,
haverão de calar o eco do meu sentimento.
Se o céu me levar para longe do teu olhar,
a saudade será o fio que vai me guiar.
E em cada brisa que tocar teu rosto
saberás: é minha alma que passa e te aninha.
Porque o amor, quando é puro, jamais finda,
não se apaga em fogo, nem a terra o ainda.
Vive nas cinzas, nas lembranças, no luar,
e suspira contigo, até o mundo cessar.