Poemas : 

Coreógrafo

 
Bailo como quem anda
e os passos não mede
num trapézio sem rede,
comandado que se comanda

ao som
sem tom
tomando pela mão o par
a bailar

bailo como quem corre
sem fazer parte da corrida,
que faz dela a vida,
bela, e depois, morre

siga o baile.


Sou fiel ao ardor,
amo esta espécie de verão
que de longe me vem morrer às mãos
e juro que ao fazer da palavra
morada do silêncio
não há outra razão.

Eugénio de Andrade

Saibam que agradeço todos os comentários.
Por regra, não respondo.

 
Autor
Rogério Beça
 
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