Temo o mar perdido,
Temo o desconhecido da minha imaginação,
Ausculto o que não digo,
Em tempos esquecido,
Por mim, por ti… Coração!
Sonhos que pintei,
Quando habitei a flor da inocência,
Que alcançava os montes escondidos,
Nos momentos perdidos,
Da minha alma em penitência.
Descalça, caminho sobre o fogo,
Que tenta calar a voz falante,
Falta o fôlego,
Planeio a alma,
Que dança nesse mar ardente constante.
Sou um peixe num mar contaminado,
Ou uma ave que voa contra a corrente,
Mas voo com dificuldade,
Nado com a barbatana dormente,
Sei que um dia serei diferente!
Pássaro que nada abafado.
Cigarrinha