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Carta a um amor perdido...

 
Vindo da praia trouxe comigo um livro autografado por Maitê para mim, sabendo que não fosse a lembrança de Sonia certamente sequer lembraria. Deixei meus olhos que acarinhavam os aveludados textos tão bem construídos de Graciliano para enveredar nos de Maitê Proença. Grata surpresa, escreve bem, deixa-se levar e nos leva a emoções mutuas, tirante rasgos explicáveis de egocentrismo, pode se quiser ser uma grande escritora. Livros de Inês Pedrosa que se encanta de Brasil e nos oferece literatura de primeira. Coincidências da vida dos 4 livros que ganhei de Inês e Maitê 3 são encomendas de resenha que preciso escrever, unem-se como raramente se faz em minha vida o prazer e o dever, leio seu mail ouço Pessoa que me lembra Tejo nestas lembranças de rios portugueses que me perseguem o Minho e o Tejo. Sinto nele o sabor da despedida e escrevo este e-mail como se fosse o ultimo e se o for não vou deixar de revesti-lo da melancolia das partidas...> O alvoroço da vida, dos "teres", haveres e deveres que as vezes me jogam num desespero depressivo ainda me permite um mergulho dentro de mim. Procurar lá dentro um sentimento querido e gasto que tenho e preciso ofertar ao que encontrei agora em minha busca, emergir de mim, encontrar um recíproco sorriso, nele o complemento carinhoso e caloroso do encontro desejado. Ele não me impede nem inibe de mandar um beijo carinhoso e fraterno em A...., que talvez resvale na desaparecida Matita*.
Seja feliz A....
Que meu abraço encontre o seu sorriso.
Carlos Said
*Apelido carinhoso, de A.... saido de Tom Jobim em sua Aguas de Março...Matita Pereira...é A....que de uma certa forma desaparece de nós.

 
Autor
Carlos Said
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 24/07/2008 23:01  Atualizado: 24/07/2008 23:01
 Re: Carta a um amor perdido...
As palavras desfilam com naturalidade diante de nós e tanto assim é que perdemos a noção do que estamos a ler. Depois também se ganha a sensação de que caminhamos sobre uma ponte que atravessa o oceâno, desde Lisboa a lugares não declarados no Brasil. Fala-se de literatura, da melhor, e vemos os olhos dessa diva lindíssima que é Maité Proença a iluminar o texto. E a presença de Pessoa e Inês Pedrosa o sobrepesar o seu conteúdo. Tudo numa crónica límpida, pouco maior que o meu comentário. A isto se chama talento e saber adquirido. Obigado amigo Carlos por mais esta oferta preciosa,
Ah! E o Minho, sempre presente, verde e caloroso.

Um abraço.