Poemas, frases e mensagens sobre céu

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares sobre céu

Ao fundo

 
Um balão que
enche, enche, enche
sobe ao céu e arrebenta:

E ao lado um pássaro voando
E ao cimo um sol de tom dourado
E ao lado o tempo vai parando
E ao fundo um rio corre apressado
E ao lado um sol alaranjando
E ao cimo um céu já bem estrelado
E ao lado um corpo já quedando
E ao fundo o teu corpo suado
 
Ao fundo

A menina da trança (dedicatória a amiga de infância)

 
A MENINA DA TRANÇA

Ergue os olhos ao Céu
Seu rosto é como o tempo que lhe resta
Vive, nela uma faúlha de esperança
Que algum bem estar ainda lhe empresta.
De criança?
Resta apenas a lembrança!
O calor do Sol que a cobria e aquecia
Lembro esta menina da trança
E a fome que às vezes com ela trazia.

Só a saudade no tempo ficou
Tempo que não se apieda de ninguém
Quanto tinha, quanto lhe levou
Vive mastigando solidão. aqui e além.
Há-de partir tal qual chegou
Levando suas mãos a abanar
Amou, sofreu, chorou
Deixa para trás o Sonho por sonhar.

Assim se lhe vai acabando a Vida
Mas para ela já tudo é indiferente!?
A quem importa se está de partida?
A quem importa o que ela sente?

E a menina da trança
Trancou tudo na lembrança!
Será que esqueceu nossa amizade?
Aqui na minha solidão a recordo com saudade
Dobro a saudade cuidadosamente.
Para não se perderem as gargalhadas
Que ouço constantemente
Nas brincadeiras «às apanhadas».

rosafogo
 
A menina da trança (dedicatória a amiga de infância)

Estrelas

 
 
.

Estrelas

Ontem

na tentativa d´adormecer

resolvi contar as estrelas do céu ...

três milhões setecentos e ...

... adormeci

nunca o ontem

foi tão infinito !...

Luíz Sommerville Junior in Facebook, Março 2014, 23:57
 
Estrelas

Sou universo

 
  Sou  universo
 
Sou menino
Sou passarinho
Buscando a semente
Levar ao meu ninho
Voar tão somente.

Sou abelhinha
Sugando o mel
De muitas rosinhas
Levar à rainha
A doçura do céu.

Sou andorinha
Fazendo verão
Não estarei só
Voando na multidão
Brincando no cipó.

Sou pétalas esvoaçantes
Gotas de lavanda
Pingos de chuva dançantes
Um rede na varanda
Tirando o cansaço, matando a sede.

Partículas do universo
Pedrinha no oceano
O direito e o inverso
A vida em prosa e verso

Nereida
 
  Sou  universo

O céu por limite (2)

 
Quando quatro olhos castanhos
Se encontram e mergulham
Nos encantos mais estranhos
Da alma humana
Sedenta de dois corpos
Num só
E deles emana
Magia, em pó
Solúvel no ar
E aspirada
Em sintonia…

…dá-se a explosão
Da mais pura energia
Sem qualquer véu…

Tendo por limite
Só o céu…
 
O céu por limite (2)

O Inverno da Vida

 
O Inverno da Vida
 
O INVERNO DA VIDA

Hoje não vou à fonte
Deixo-me ficar neste entretém
Fico a olhar o horizonte
No silêncio eu e ele, mais ninguém.
Mais logo as estrelas vão surgir
Vou agarrar uma se puder
Para quando a solidão vier
Iluminar o meu existir.

Escondo-a num abrigo do coração
Bem ao pôr-do-sol da minha Vida
Ao anoitecer deste meu céu escuro!?
E assim a Vida não terei ainda perdida.
Pode o Mundo parecer-me duro.
Ser até meu caminho feito pó
Colherei ainda o que semeei
E assim não me sentirei,
Nunca só.

Deixo a fonte lá bem distante
Ouço-lhe apenas o rumor!
Que a Vida é um só instante
Nesta hora, como o sol, perde calor.
A Vida é uma migalha
Não penso que é eterna!?
A morte chega não falha.
A noite é fria, e a vida já inverna.

rosafogo
 
O Inverno da Vida

Deixo-vos tudo que é meu

 
Deixo-vos tudo que é meu
 
DEIXO-VOS TUDO QUE É MEU

Já pouco ou nada tenho
Segurei apenas minha tranquilidade
Me perguntarão donde venho!?
Responderei: da Saudade!
Trago a memória perdida
Deixei-me ficar na solidão
Porque quero ficar esquecida?!
Ainda os demais perguntarão.

Deixo-vos tudo que é meu
O pouco que ainda me resta
Um pedaço de Terra e de Céu
E um pouco de luz que o Sol me empresta.
Deixo-vos também minha cruz
E meu rosário por rezar
Dos meus olhos vos deixo a luz
Que ao luar foram roubar.

E logo, bem à tardinha!?
Como tudo vai...me irei embora
Tal qual àgua que ao mar caminha
Lá chegarei na minha hora.
Só não vos deixo a poesia
A levarei, arrecadada no peito
Não quero sabê-la algum dia
Desprezada d' algum jeito.

rosafogo
 
Deixo-vos tudo que é meu

Tocando o céu

 
Tocando  o céu
 
Vou montar uma escada
Talvez eu alcance o céu
Ao toca-lo com meus dedos
Não terei mais medos
E trarei um pedacinho
Para ti meu amor
Um presente buscando
Teu amor ausente.

Nereida
 
Tocando  o céu

Céu de cal

 
Os lobos já se deitaram
Mastigam com os dentes uma morte íntima
Em redor a terra saturada
E a fértil noite, abraça-me,
Prenuncio-me às estrelas que pintaste no céu
As veredas abrem-se húmidas
Sacio-me no silêncio da tua boca
Enquanto engoles a sombra
E o choro das amoras.

A cicatriz roça-me os dedos
Incendeia-se antes do tocar dos corpos
Como duas folhas no meio da paisagem
À espera de um porto seguro
Prenuncio-me de novo,
Mas as estrelas já não estão lá,
Naquele imenso céu de cal
Ouço-me!
Ouço-me dentro de ti
Como um búzio a espalhar oceanos
No gume lunar dos sentidos,
E as pupilas entregam-se à solidão das glicínias
Aquecem o frio da adaga
Onde a minha ausência repousa

Conceição Bernardino
(inédito)
 
Céu de cal

SAUDADE DE MIM

 
SAUDADE DE MIM
 
SAUDADE DE MIM

Não sei que fiz da alegria
Que me deixou nesta solidão
Ah, se soubesse a procuraria!?
A agarraria com minha mão
P'ra que ficasse em mim noite e dia.

Mas de nada serviria!?
Sou triste por natureza
E se a vida é tão sombria!?
P'ra que nasce o sol com beleza?
Se também morre todo o dia.

Minto, engano o coração
Digo que é manhã e já anoitece
Digo que não quero morrer em vão.
Mas já o tempo a teia tece
Levando meu dia p'ra escuridão.

Esta alegria que deixei perdida
No deserto é já só uma miragem
Não consegui dar-lhe guarida
Levou com ela toda a minha coragem
E hoje sou flor ressequida.

Hão-de vir dias novos eu sei
Campos de flores e azul no céu
Na busca da alegria perdida, irei
E de tudo o mais que a vida não me deu
E um dia, simplesmente morrerei.

Quero lembrar o azul do céu ao meio-dia
Quero a vida saudar, esquecer a idade
Esquecer que perdi a alegria
Viver de esperança, levar saudade
De mim, de tudo que em mim havia.

rosafogo
 
SAUDADE DE MIM

estampa e tecido

 
és o céu?

dar-te-ei o sol na ponta de um beijo

e se sorris nascerão estrelas
e afastarei nuvens
pra deitar-me lua

prata líquida de unção
derramar-me-ei
em tua pele nua

plena de luz
em ti
resvalarei seios
raios que
meneio
feito serpentinas
ou água cristalina
descendo de ribanceiras,
feita cortina
em teu peito
o véu do meu olhar
se romperá em mar
para enxaguar teus cabelos
encaracolados novelos...

és o sol?

deitar-me-ei céu
pra sentir teu roçagar
no corpo inteiro
 
estampa e tecido

O céu por limite (1)

 
Mergulho no brilho quente
Desse olhar que me envolve
Que me sente,
Pressente
Como se eu fosse
Frágil e doce
Mas que me vê
Com dureza de diamante.

Pudesse eu evaporar-me no ar
Ser esculpida em forma de mulher
Amante
Perdida nos teus desejos
Coberta de imaginação
E de beijos

De alma e coração
Te levaria voando…

Admite…
Que só o céu
É o meu limite…
 
O céu por limite (1)

Sonho de Amor

 
Sonho de Amor
 
SONHO DE AMOR

Mas a perder-te fico se eu olhar para trás
Aproximam-se nuvens negras no céu da tarde
Que choram no meu peito onde o frio se faz
Onde o sonho vivido é já cinza da saudade.

Faz eco meu grito que no tempo se espalha
Com a força veloz com que quer apanhar-te
Trago ao peito com teu retrato uma medalha
E no coração um amor cego que quero dar-te.

Nas minhas tranças pretas trago ainda a fita
E no dedo o anel que no aniversário me deste
Se lembras o vestido de florzinhas era de chita?!

Meus seios laranjas que não perdias de vista
Minhas mãos fadas ternas que sempre quiseste
Começou a escurecer...o olhar já não te avista.

rosafogo
 
Sonho de Amor

Da Felicidade

 
 
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Da Felicidade

Só os grandes sonhos

chegam ao céu

os mais pequeninos

ficam-se pela Terra

para que a Humanidade

seja feliz.


Luíz Sommerville Junior
 
Da Felicidade

O céu por limite (3)

 
E venham mais paixões
E venham mais tormentas
E venham mais corações
E venham mais marés calmas e lentas…

E venham mais amores
E venham mais desafios
E venham mais temores
E venham mais sóis brilhando estios…

E venham mais luas
E venham mais montanhas
E venham mais ruas
E venham mais nuvens mostrando as entranhas…

Venham…
Enriquecem a vida de almas
Destemidas
E frágeis,
Envoltas em poesia
E no seu véu,
Que por limite,
Só têm o céu…

Três poemas com o mesmo título pode parecer estranho... mas, uma pessoa disse-me que só existe "O céu como limite". Agarrei no tema e escrevi estes poemas com ele...
 
O céu por limite (3)

Apesar do entardecer

 
Apesar do entardecer
 
APESAR DO ENTARDECER

Repito recordações vezes sem conta,
e o peito me dói
Fugaz como um sonho o tempo se foi.
O tempo que passou assim...
Vou ficar tranquila, serena,
sem pena de mim!

Não vou falar das incertezas que sinto
Aqui no final de todos os finais
O meu céu é já indistinto.
Meu sonho a vida pisou demais.

Aqui o meu grito já chega confuso
A vida passou como uma enxurrada
O tempo se apoderou dela como intruso
Um pássaro predador que passa e não deixa nada!

O pensamento em estardalhaço me põe a tremer
Nele sinto o rufar de tantos tambores
Às vezes apenas o gemido, dum bicho qualquer
Que ferido se deixa arrastar de dores.
Hoje me deixo completamente absorvida
Dialógo com as minhas vidraças
Dentro deste velho peito reconforto a Vida
Apesar do entardecer... esqueço as ameaças.

rosafogo
 
Apesar do entardecer

"Repleto de si" - Soneto

 
"Repleto de si" - Soneto
 
"Repleto de si" - Soneto

Nem notei a falta de aceno e de adeus.
Andei ocupada demais, a colar os cacos.
Uma dor colossal, em silêncios só meus.
Fragmentos de tempos, vis, rasgados.

Por isso respeito teus outros “contornos”
E não me surpreende a fartura de mel
Só lamento que compre amor com suborno
Pois amor não se compra, é presente do céu.

Não foi demissão, então, sem garantia.
Virando o jogo, sabe a dor que causou.
Já que o colo, mesmo disperso, o acalentou.

Tanto sentimento, não foi só poesia.
E o que chama de paixão, era puro amor.
E nem com suas farpas, vai virar rancor.

Glória Salles
 
"Repleto de si" - Soneto

Bocavento

 
O céu da cidade agora é sempre cinza
nunca mais saiu o sol, desde que
Tito Manja-Léguas! Famoso Bocavento...
Pássaro caminheiro entre os homens
Passou a contemplar a cidade
de cima dos prédios
Tocando sua gaita ininterruptamente
Mas ninguém sabia o porquê.
É que Tito escondia um segredo:
Prestidigitador do vento,
Fazia música para deprimir seus males
Assim seus demônios sentavam tristes
Encantados com o outono e as árvores
E ouviam seu canto sem nada dizer...

(Ronan Cardoso)
http://ronancardoso.blogspot.com.br/2016/06/bocavento.html
 
Bocavento

O Astronauta no quintal

 
Com os pés rijos no chão
Alinho-me acima do horizonte
Contemplo o infinito
E as minhas trivialidades
Laços indissociáveis
De minhas contradições

Alçar voo
E carregar o planeta sob meus pés

Hora sou Fênix
Hora avestruz

Caminho reticente
Entre meus sonhos e minhas realizações
Sonhar rotinas
E realizar fantasias
Parece o quinhão da vida sem o "hoje"

O carpe diem do café da manhã
O inesquecível do molho na camisa
O indecifrável cheiro de lar...
 
O Astronauta no quintal

Cad@stro

 
Cad@stro
 
Livre é o universo
Cada astro no seu espaço
Constelações de almas
Estrelas que brilham no firmamento
Não há nuvens que ofusquem a minha fé
E eu feliz no baloiço da paz
Observo o céu daqui de baixo
Sinto-lhe a vibração
Anjos ecoam hinos harmoniosos
É a vida noutra dimensão
Não sei se me fascina
tão pouco se é o meu limite
Mas pelo sim pelo não
Quando chegar lá em cima
Prefiro não levar cad@stro

Maria Fernanda Reis Esteves
50 anos
natural: Setúbal
 
Cad@stro