A menina da trança (dedicatória a amiga de infância)
A MENINA DA TRANÇA
Ergue os olhos ao Céu
Seu rosto é como o tempo que lhe resta
Vive, nela uma faúlha de esperança
Que algum bem estar ainda lhe empresta.
De criança?
Resta apenas a lembrança!
O calor do Sol que a cobria e aquecia
Lembro esta menina da trança
E a fome que às vezes com ela trazia.
Só a saudade no tempo ficou
Tempo que não se apieda de ninguém
Quanto tinha, quanto lhe levou
Vive mastigando solidão. aqui e além.
Há-de partir tal qual chegou
Levando suas mãos a abanar
Amou, sofreu, chorou
Deixa para trás o Sonho por sonhar.
Assim se lhe vai acabando a Vida
Mas para ela já tudo é indiferente!?
A quem importa se está de partida?
A quem importa o que ela sente?
E a menina da trança
Trancou tudo na lembrança!
Será que esqueceu nossa amizade?
Aqui na minha solidão a recordo com saudade
Dobro a saudade cuidadosamente.
Para não se perderem as gargalhadas
Que ouço constantemente
Nas brincadeiras «às apanhadas».
rosafogo
estampa e tecido
és o céu?
dar-te-ei o sol na ponta de um beijo
e se sorris nascerão estrelas
e afastarei nuvens
pra deitar-me lua
prata líquida de unção
derramar-me-ei
em tua pele nua
plena de luz
em ti
resvalarei seios
raios que
meneio
feito serpentinas
ou água cristalina
descendo de ribanceiras,
feita cortina
em teu peito
o véu do meu olhar
se romperá em mar
para enxaguar teus cabelos
encaracolados novelos...
és o sol?
deitar-me-ei céu
pra sentir teu roçagar
no corpo inteiro
Sonho de Amor
SONHO DE AMOR
Mas a perder-te fico se eu olhar para trás
Aproximam-se nuvens negras no céu da tarde
Que choram no meu peito onde o frio se faz
Onde o sonho vivido é já cinza da saudade.
Faz eco meu grito que no tempo se espalha
Com a força veloz com que quer apanhar-te
Trago ao peito com teu retrato uma medalha
E no coração um amor cego que quero dar-te.
Nas minhas tranças pretas trago ainda a fita
E no dedo o anel que no aniversário me deste
Se lembras o vestido de florzinhas era de chita?!
Meus seios laranjas que não perdias de vista
Minhas mãos fadas ternas que sempre quiseste
Começou a escurecer...o olhar já não te avista.
rosafogo
O céu por limite (2)
Quando quatro olhos castanhos
Se encontram e mergulham
Nos encantos mais estranhos
Da alma humana
Sedenta de dois corpos
Num só
E deles emana
Magia, em pó
Solúvel no ar
E aspirada
Em sintonia…
…dá-se a explosão
Da mais pura energia
Sem qualquer véu…
Tendo por limite
Só o céu…
Colorindo o céu
O povo de tudo reclama se faz calor
Está calor demais, se faz frio, está
Frio demais, se chove, chove demais
Tudo é demais, somente o amor do
Pai nunca será demais para todos nós
Por favor, para melhor leitura, clique no poema
O Inverno da Vida
O INVERNO DA VIDA
Hoje não vou à fonte
Deixo-me ficar neste entretém
Fico a olhar o horizonte
No silêncio eu e ele, mais ninguém.
Mais logo as estrelas vão surgir
Vou agarrar uma se puder
Para quando a solidão vier
Iluminar o meu existir.
Escondo-a num abrigo do coração
Bem ao pôr-do-sol da minha Vida
Ao anoitecer deste meu céu escuro!?
E assim a Vida não terei ainda perdida.
Pode o Mundo parecer-me duro.
Ser até meu caminho feito pó
Colherei ainda o que semeei
E assim não me sentirei,
Nunca só.
Deixo a fonte lá bem distante
Ouço-lhe apenas o rumor!
Que a Vida é um só instante
Nesta hora, como o sol, perde calor.
A Vida é uma migalha
Não penso que é eterna!?
A morte chega não falha.
A noite é fria, e a vida já inverna.
rosafogo
"Repleto de si" - Soneto
"Repleto de si" - Soneto
Nem notei a falta de aceno e de adeus.
Andei ocupada demais, a colar os cacos.
Uma dor colossal, em silêncios só meus.
Fragmentos de tempos, vis, rasgados.
Por isso respeito teus outros “contornos”
E não me surpreende a fartura de mel
Só lamento que compre amor com suborno
Pois amor não se compra, é presente do céu.
Não foi demissão, então, sem garantia.
Virando o jogo, sabe a dor que causou.
Já que o colo, mesmo disperso, o acalentou.
Tanto sentimento, não foi só poesia.
E o que chama de paixão, era puro amor.
E nem com suas farpas, vai virar rancor.
Glória Salles
AMAR-TE É...
Amar-te é conviver em harmonia
É ver o colorido novo de cada dia
É oferecer amor e o ver retornar
E em cada vida alegre pernoitar
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QUANDO PENSO EM VOCÊ AMOR
“O pensamento pode voar em todas as direções
e somente para quando encontra o amor”
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Cad@stro
Livre é o universo
Cada astro no seu espaço
Constelações de almas
Estrelas que brilham no firmamento
Não há nuvens que ofusquem a minha fé
E eu feliz no baloiço da paz
Observo o céu daqui de baixo
Sinto-lhe a vibração
Anjos ecoam hinos harmoniosos
É a vida noutra dimensão
Não sei se me fascina
tão pouco se é o meu limite
Mas pelo sim pelo não
Quando chegar lá em cima
Prefiro não levar cad@stro
Maria Fernanda Reis Esteves
50 anos
natural: Setúbal