Mexem-se nos meus centros cerebrais,
idéias de um passado meu de drama,
cintilações pirilâmpicas que fazem chama,
nos candieiros dos cavalheiros medievais.
Param todos os ponteiros dos relógios
e o meu raciocínio estático em monturos,
vendo a podridão dos séculos futuros
e a minha vida manuscrita em necrológios.
O medo de morrer estampado nos semblantes,
vendo se desintegrar o que existia antes,
fico deprimido como os byronianos tristonhos...
Foi a trama neuronal de idéias engenhosas
com desintegrações moleculares maravilhosas,
que me fez interromper a jornada dos meus sonhos.